As origens da Vauxhall Motors remontam a 1857, quando Alexander Wilson fundou a Vauxhall Iron Works, onde se instalou como engenheiro naval em Wandsworth Road, Vauxhall, London.
Ao virar do século, Wilson já tinha deixado a empresa, bem como os restantes membros da direcção e interessou-se pelas "carruagens sem cavalo" após a empresa ter construído um motor a gasolina - um dos primeiros da engenharia naval.
Em 1903, um carro de 5 cavalos com um único cilindro foi oferecido ao público por um preço de 130 guinéus.
A fim de expandir a empresa, era necessário sair de Londres e um local adequado foi adquirido em Luton, Bedfordshire, para onde a empresa se mudou em 1905. A empresa adoptou o Grifo como seu emblema e que permanece um século depois.
Um dos carros originais de 1903, está no Vauxhall Heritage Centre.
A produção de carros de continuou em ritmo acelerado e em Novembro de 1925 a Vauxhall foi comprada pela General Motors.
Os camiões Chevrolet estavam à venda na Grã-Bretanha desde 1923, mas era caro devido ao imposto de importação.
Em 1925, a GM montou uma operação em Hendon para preparar a introdução de veículos importados: Carros como Buick, Cadillac, Chevrolet, La Salle, Marquette, Oakland, Oldsmobile e Pontiac, e camiões Chevrolet e GMC.
Com o país nas garras de uma recessão mundial, houve hostilidade do público aos produtos importados. Com mais de dois milhões de pessoas desempregadas no Reino Unido foi decidido construir um camião totalmente britânico usando a capacidades sub-aproveitadas da fábrica da Vauxhall, em Luton.
Em 1930 e 1931, a montagem dos últimos camiões e carrinhas da Chevrolet e GMC foram concluídos e as primeiras verdadeiras Bedford estavam na estrada.
O modelo "W" contou com camiões de 30 cwt (Equivalente a 1524 Kg) e uma versão 2 ton. Houve também uma versão de autocarros com 14 e 20 lugares no chassi mais longo de duas toneladas. Até 1937 a Bedford tinha atingido as 30.000 vendas.
Durante a guerra, a produção de veículos civis foi suspensa, como aconteceu com muitas outras empresas. O exército britânico tinha perdido muitos de seus tanques em Dunkirk, e à Vauxhall foi dada a tarefa de construir o Churchill, que foi completado desde os desenho até aos ensaios de teste, em menos de três meses.
Houve outras produções na forma de modelos “MW” e “OY”, com um tractor adaptado pela Scammell.
A Bedford trouxe para uso militar o “QL” 4x4, a maior marca britânica na guerra.
A produção é retomada após a Segunda Guerra Mundial com o testado e confiável modelo “K”, “M” e “O” introduzidos em 1939. A estes deram lugar em 1951 o novo modelo “S” e, posteriormente, a sua versão 4x4, o modelo “R”. Este foi escolhido pelas Forças Armadas e seria o camião de quatro toneladas padrão durante muitos anos, sendo finalmente ultrapassado pelos modelos “MK” e “MJ”.
Outro marco importante foi em 1955, a inauguração da fábrica de camiões de Dunstable, onde passaram a ser montados todos os grandes comerciais, sendo apenas montadas algumas carrinhas em Luton, até à transferência para as novas instalações de Halewood.
A tracção normal (traseira) não foi negligenciada com o tipo “A”, que aparece em 1953, seguido pelos modelos “D” e “J”. Estes continuavam a ser vendidos para exportação, durante a década de setenta, enquanto os camiões britânicos eram praticamente todos de tracção dianteira.
A carrinha CA deu lugar à CF e, eventualmente, inspirou a série Midi da Isuzu. Uma subsidiária da empresa Bedford foi formada, a IBC veículos , e actua até os dias de hoje, embora a produção actual seja Renault.
A recessão durante os anos oitenta e as importações estrangeiras fizeram com que a GM anunciasse o seu encerramento. A fábrica foi vendida para a AWD, que continuou os modelos “MJ “e “TL” por um par de anos, principalmente para mercados de exportação.
Sem nenhum grande contrato do Ministério da Defesa (foi para a empresa Leyland) a AWD foi forçada a fechar.
A gama “TL” foi adoptada pelo “Marshall of Cambridge”, que continuou durante um tempo, antes de introduzir o seu próprio desenho SPV.
A Bedford TJ foi produzida pela Beford que pertencia à Vauxhal Motors.
A Bedford TJ foi fabricada em 1958 e era uma versão actualizada da série TD, esteve disponível no Reino Unido até 1975, depois de 1975 era fabricada apenas para exportação.
A produção continuou até 1986, sendo depois fabricada pela AWD no início de 1990.
Uma empresa Indiana, a Hindustan Motors, também produziu as versões maiores (J5 / J6) destas Bedford naquele país.
A partir de 1968, a produção foi interrompida depois da Bedford se mostrar incapaz de competir com os veículos comerciais da Tata e da Ashok Leyland.
No Paquistão, no entanto, as J5 / J6 provaram ser populares e dominaram o tráfego de veículos comerciais.
A Bedford TJ foi amplamente exportada para a Austrália onde foram distribuídos pela Holden.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
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Só queria corrigir um detalhe importante. Quando diz:
ResponderEliminar"A carrinha CA deu lugar à CF e, eventualmente, inspirou a série Midi da Isuzu."
.. não é correcto.
O Bedford Seta não foi "inspirado" na CF!
Em 1985 foi o fim dos Bedford "ingleses" quando a GM tomou a decisão de intoduzir um furgão para preencher a gama temporariamente enquanto o novo CF não saisse. Durante 86/87 ainda se venderam a CF2 e Seta ao mesmo tempo mas por razões economicas o novo CF não saiu do papel o SETA veio a substituir o CF permanentemente.
O Bedford Seta não é mais do que "rebadging" do Isuzu Midi e a partir desse momento todos os modelos Bedford tornaram-se "rebadged". Acabaram com o design inglês e a Bedford morreu também anos mais tarde. Se tivessem seguido a Ford teria sido outra história... a Transit continua numero 1 na Europa...
Obrigado pela contribuição...
ResponderEliminarGostei da história e, já agora, alguém saberá onde posso adquirir os diagramas eléctrico e ar comprimido do modelo TM 4x4 turbo?
ResponderEliminarOlá Alberto,
ResponderEliminarEu da TM não tenho nada...
No entanto gostava de ter a minha J2 em 4x4, lá isso gostava...pode ser que um dia tenha margem para isso...
Obrigado pela participação,